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domingo, 12 de abril de 2009

Anti-Humor [16]

nãoéumapiadaEvil Spock Warning: Módulos intensos de humor negro a seguir. Seja cauteloso na sua interpretação, pois seus preconceitos podem acabar por criar um crescimento infeccioso de barbicha ao redor da área propriamente demarcada no seu rosto.

por Rodrigo Faustini (ainda)
Guerras que Estão Prontas Para Acontecer

A temida e prevista (embora não na época mais conveniente) crise econômica está começando a mostrar seus dentes. O dólar aumenta, as bolsas começam sua histeria, o povo se amedronta, animais domésticos sucumbem ao tabagismo, crianças do futuro choram pelo presente tenebroso das crianças atuais que então serão seus depressivos e ausentes pais, sonhos em que eu sou o homem que engole fogo do Cirque Du Soleil, com um sorriso estampado no rosto, fazem-me questionar o quanto eu realmente amo minha família. Porém, uma esperança encontra-se no horizonte, como um trem à distância, vindo a nosso encontro em surpreendente antiquada velocidade, enquanto uma rara espécie de guaxinim tenta atravessar os trilhos, numa quarta-feira. Pois aquele trem somos nós, os trilhos são a linha do tempo, a quarta-feira é a Economia e o espécime de guaxinim à beira da morte aparentemente não representa nada. E os passageiros daquele trem são a nossa esperança para a melhoria dos tempos atuais: Guerra(s)!
Embora não seja o primeiro conceito que vêm a cabeça quando o assunto é prosperidade, é inegável o fato de que, junto de guerras, encontra-se o pináculo de desenvolvimento nesse período de tempo. Há muito do que se pode atribuir às guerras: celulares, satélites, joelhos, mentiras, traição, rigidez ideológica, armas, chicletes, proteção corporal, bolinhas de gude, próteses de joelho, expansão territorial, controle comercial, a palavra “invectiva”, franceses e comida enlatada.
Não deve se esquecer que o dinheiro é um recurso finito não renovável por nenhum motivo aparente, pois nós mesmos o inventemos, então a melhor casualidade das Guerras seria a melhoria da distribuição de renda, pois humanos são igualmente finitos e inversamente proporcionais à concentração do capital. Portanto, bata em seus tambores e berre o grito de guerra dos tempos modernos: Renda Per Decapita!
Seguem-se então dicas e previsões de conflitos que estão apenas esperando aquele ataquezinho terrorista implantado e conspirado para iniciarem:

I - Deficientes Físicos vs. Idosos vs. Gestantes: Esses segmentos da sociedade estão literalmente se espumando de raiva: quem consegue mais apoio do governo? Quem é atendido primeiro no caixa? Qual a porcentagem de vagas que merecem no estacionamento? Quem faz parte da instituição de apoio social mais “gangsta”?
Uma boa fatalidade de tal guerra será a dos “Falsos Piedosos”, que sofrerão derrame auricular ao tentarem escolher um lado ao mesmo tempo em que tentam ser politicamente corretos em tal decisão sobre por qual desses “infortúnios” derramarão lágrimas forçadas.
As gestantes, em termos de munição, estarão em desvantagem já que seus adversários possuem toda uma variedade de equipamentos sofisticados acoplados e também terão de lidar com obstáculos de locomoção e emoção e, muito mesmo como um personagem famoso, serão beneficiadas por uma alimentação baseada em espinafre, com todo seu ácido fólico. Já os idosos terão períodos mais limitados de ação, além de uma dificuldade geral em comunicação. Os deficientes físicos, portanto, se mostrarão os mais aptos para tal guerra, especialmente com a colaboração dos para-olímpicos. Mas tudo isso pode depender de como seus estrategistas reagirão ao solo escorregadio resultante das náuseas/ freqüência urinária/rompimento de bolsas das gestantes. A guerra também gerará um enorme número de segmentos de 8 minutos no Fantástico e reality shows na tv paga.
Os resultados gratificantes da inclusão social e revigoramento de apresentar uma função clara numa sociedade nos participantes, que normalmente os ignora, acabariam por dar uma característica otimista ao fim dessa guerra: divórcios, rejuvenescimento (mental), histórias de vô interessantes, atenção da mídia para causas dessas minorias, abortos, investimento e concessões governamentais para fim de conflitos, para citar alguns.

II- Mulheres vs Mulheres: Tal guerra, que historiadores passarão a chamar de “Sex in The City 2”, é provavelmente um dos conflitos mais aguardados desde de a comercialização do fio-dental (o outro, se você é mulher; exatamente esse que você estava imaginando, se você é MACHO), que, coincidentemente, pode ser apontado como uma das bases desse conflito, além de ser sua “estrela de Davi”.
Os grupos de combate se dividirão baseados em fatores como preferência de homens e cosméticos, posição política quanto à mulher na sociedade contemporânea; posse (ou não) de filhos; filmes com Matthew McConaughey assistidos; livros de Clarice Lispector lidos; fatos sobre Rosa Parks, Marie Curie e Margaret Tatcher conhecidos e escolha de biquíni. Mais ira e revolta surgirá quando for percebido que todas as divisões que esses fatores conjugarão serão iguais a cor e tipo de cabelo nessas mulheres, além de quão sedoso esse é.
-Vencedores: Homens fetichistas (“homens”). Essa guerra também dará nascimento a toda uma sorte de reality shows, mas esses serão transmitidos em outro tipo de canal e num horário mais tardio.

III - Minorias vs Opressores: Entrará para a História como a pior estratégia militar posta em prática já concebida.

IV - Humanos vs Objetos Inanimados: Já está em tempo da raça humana notar o número de fatalidades causadas por estes vis estáticos. Todo ano balas, pára-brisas, porretes, facas, cacos de vidro, drogas, chãos, candelabros, tijolos, cordas em nó, pedras e outros pervertidamente perversos imóveis aniquilam humanos de forma inconseqüente, inconsciente, incontinente, incoveniente, inconfidente, incongruente e inconsistente. Não é de se admirar, portanto, que um movimento de revanche se erga. Recrutamento para o combate, porém, pode se demonstrar complicado, pois qualquer fatalidade será, logicamente, parte do exército inimigo e terá sua forma corpórea destruída e seu legado manchado. O conflito colocará em questão a imotolidade num aspecto com qual este nunca foi analisado antes: se tudo é formado por átomos e estes contêm as partículas perpetuamente em moção denominadas elétrons, quem ou o quê realmente está parado e em relação a o quê (para que possamos destruí-lo)? Podemos apenas esperar que as coisas não saiam do controle de novo e a ONU acabe por ter de criar um Estado para essas moléculas que ultrapasse o sólido.

IV - Suicidas vs Masoquistas: Já se discutiu que as guerras são uma fonte infinita de manutenção do capitalismo e, portanto, o que seria mais rentável que uma guerra perpétua? Pense nisso, a máquina da violência estaria num ciclo vicioso de combatentes: por teoria, ambos os lados estariam oferecendo sua alma ou ao menos seu corpo para o conflito, sendo os soldados mais dedicados; a violência exacerbante iria gerar uma onda de sadomasoquismo o que levaria um baby boom como nenhum antes visto e justo quando o número de combatentes vivos estivesse em declínio devido ao sucesso de uma parte e o exagero na outra, tais sementes os substituiriam, pois ou virariam masoquistas como seus pais, por serem seres extremamente suscetíveis à persuasão e cercados por tal prática, ou tornar-se-iam suicidas devido a terrível paternidade a qual foram sujeitos, em saudáveis e afortunada proporção de aproximadamente 1:1, mantendo o conflito em pé até a aniquilação da, finalmente capitalmente próspera, raça humana.

V- Guerras vs. Suécia: Decisão de permanecer Neutra durante a 2ª Guerra mundial? Sério?!? Vamos ver quanto "neutros" eles tentarão se manter depois de soltarmos ácido em pó sobre Zurique e fazer todos aqueles Prêmios Nobel da paz parecerem chocolate Nestlé. Chorem no berrante o quanto quiserem, João calvino não irá voltar para salvá-los. Por sinal, vocês não vêem nada de hipócrita no fato de seu lema ser "um por todos e todos por um"?

2 comentários:

Anônimo disse...

Estarei expondo minha idiotice em relação a alguma piada que não entendi ou a Suíça resolveu trocar de nome?

Nós mesmos disse...

Hehehe, sorte que alguem notou. Pra explicar por extenso: qdo fui escrever nem notei a cagada, só percebi quando fui reler antes de postar e achei que ficava mais engraçado assim pq fodia com as referencias e levava à confusão, sem dizer que axo q mais gente troca os dois. Ou vai ver só eu mesmo faço isso e a piada ficou interna demais. Em resposta a pergunta, talvez sejamos dois bobos.