A cidade hoje fria
Esta calma a nevar.
Neve negra cai ardente
Em minha pele vem queimar.
Olho para todo lado,
Não tem alma por aqui.
Grito por uma esperança,
Aquela que pertence a ti.
Olho para o sol que some
Em minha frente a padecer.
Dominada pelas trevas,
Lua nasce pra conter.
Com a noite vem os lobos,
Uivos para atormentar,
A tranqüila cidadela
Que vazia sempre esta.
Olho sobre um abismo,
Minha donzela vem a mim
Vestindo o vermelho e preto,
Com a rosa já no fim.
Uma outra dimensão
Nós iremos navegar.
Não queremos mais resposta
Que nos venha a calhar.
Viveremos nossas vidas,
Nossas mortes, tanto faz.
Só queremos ficar juntos
Para sempre ou nunca mais.
Espero nunca acordar
Deste sonho que vivi.
Para sempre me lembrar
Dos teus lábios a sorrir.
Hora de dizer adeus.
Para o mundo vou voltar.
Aonde esta meu pobre corpo
Sempre livre a sonhar.
Amanha é lua cheia,
Espero te reencontrar.
Por você minha querida,
A vida irei abandonar.
INFORMATIVOS:
1) Agora dá para ler as postagens do blog por Categoria. Basta clicar no tema do seu interesse no menu ao lado e gastar horas lendo bons textos. Caso queira, em Home poderá ler todos os posts sem nenhuma interrupção.
2) Os comentários estão liberados, agora! Caso você não tenha uma conta Google, comente na opção Anônimo, mas não se esqueça de assinar.
2) Os comentários estão liberados, agora! Caso você não tenha uma conta Google, comente na opção Anônimo, mas não se esqueça de assinar.
Mostrando postagens com marcador Poesia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Poesia. Mostrar todas as postagens
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Um sonho contínuo
por E.Nocturnal
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
Xícaras de boa noite.
por Stefano Manzolli
as luzes, no horizonte,
parecem estrelas:
cheias de graça brincando
de fazer cócegas no céu.
mas as nuvens não dão risada,
quero dizer, eu não escuto nada.
além do grunhido do meu gato,
do berro do papagaio e a
estranha voz da vizinha.
tomo outro gole do espumante
chocolate-quente, que esfria
em cima da mesa cheia de papéis.
sinto o meu avesso aquecido,
diferente dos meus pés cheios
de meias de lã e minhas mãos
cobertas de luvas.
de repente,
vejo umas luzes apagarem
(como acontece em todas as noites).
o sopro quente e compassado
do meu pequeno gato,
faz cócegas no meu calcanhar.
o papagaio cansa de falar sozinho,
assim como a vizinha portuguesa.
enfim, decidem dar paz aos ouvidos.
todos dormem e eu observo
a vida aquietar-se sob a penumbra.
e sobram somente estrelas,
cheias de graça, brincando
de fazer cócegas no céu.
alguém ri.
eu rio
(pra falar bem a verdade).
balanço a cabeça - cheia de dúvidas.
fecho a janela, desejo boa noite ao gato,
ao papagaio, às luzes esquecidas,
à vizinha de voz estridente.
deito com um monte de sonhos
rodeando a minha cabeça.
beijo sua boca-imaginação,
roço os pés gelados,
abraço um travesseiro,
rezo para o dia de amanhã
e durmo.
sonho com
estrelas
e luzes
e gatos
e papagaios.
menos com a vizinha:
não gosto da voz dela.
Que pena!
as luzes, no horizonte,
parecem estrelas:
cheias de graça brincando
de fazer cócegas no céu.
mas as nuvens não dão risada,
quero dizer, eu não escuto nada.
além do grunhido do meu gato,
do berro do papagaio e a
estranha voz da vizinha.
tomo outro gole do espumante
chocolate-quente, que esfria
em cima da mesa cheia de papéis.
sinto o meu avesso aquecido,
diferente dos meus pés cheios
de meias de lã e minhas mãos
cobertas de luvas.
de repente,
vejo umas luzes apagarem
(como acontece em todas as noites).
o sopro quente e compassado
do meu pequeno gato,
faz cócegas no meu calcanhar.
o papagaio cansa de falar sozinho,
assim como a vizinha portuguesa.
enfim, decidem dar paz aos ouvidos.
todos dormem e eu observo
a vida aquietar-se sob a penumbra.
e sobram somente estrelas,
cheias de graça, brincando
de fazer cócegas no céu.
alguém ri.
eu rio
(pra falar bem a verdade).
balanço a cabeça - cheia de dúvidas.
fecho a janela, desejo boa noite ao gato,
ao papagaio, às luzes esquecidas,
à vizinha de voz estridente.
deito com um monte de sonhos
rodeando a minha cabeça.
beijo sua boca-imaginação,
roço os pés gelados,
abraço um travesseiro,
rezo para o dia de amanhã
e durmo.
sonho com
estrelas
e luzes
e gatos
e papagaios.
menos com a vizinha:
não gosto da voz dela.
Que pena!
Foto por Bruna Pimenta
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Doce Ilusão

Foto: Guilherme Carnaúba
por Young Shin
Um dia queria acordar e lembrar,
eu amo alguém, eu sou amado por alguém.
Amar...é bom amar? Não me lembro desta sensação,
sempre quis me apaixonar, mas por quem?
Talvez o Amor seja uma farsa,
quem sabe o Sofrimento disfaçado,
brincando com os apaixonados?
A vida já possui muitos problemas, muitos sem solução,
para que amar? Se só trará mais dor?
Não entendo esses que se dizem apaixonados
vivendo alucinados pelo Amor. Que dó terei
quando este se for e nunca retornar,
abandonando-os na cruel realidade da Vida.
Muitos me perguntam se já amei.
Todos, até mesmo eu, um dia amaram alguém
mas muitos ficam perdidos nesta ilusão
e alguns já se conformam com a verdade
de não poderem ser amados, assim como eu,
por mais que tente, acabo na solidão.
Desisto de amar alguém!
sei que é essencial para a vida,
mas também é essencial não sofrer por amor.
Que todos os apaixonados sejam felizes!
Aproveitem está doce ilusão amorosa,
para não encontrar este caminho sombrio,
qual fui predestinado a trilhar, desde que nasci.
.
sábado, 11 de outubro de 2008
O ódio
por Berbel Gutierrez (Anglo Castelo)
Foto por Sabine Marins
Revolto-me com as crueldades do holocausto, e sigo.
Atrás de mim se forma uma multidão, outros seguidores.
Percebo que outros também não baixarão suas cabeças diante de tamanho horror.
Lutamos pela igualdade, a clara igualdade que estampa nossas faces.
Milhões de sangues derramados nos campos de concentração.
Esse povo, que me segue, compartilha comigo da dor por essas atrocidades desumanas.
Sigo, e minhas forças aumentam, meu ódio se multiplica.
O ódio que me queima por dentro, faz-me proferir um discurso de revolta:
Morte a todo regime totalitarista! Morte aos nazistas!
Morte a toda raça maldita!
Morte! Morte! Moooooooooorte!
O discurso é eloqüente.
Há um cão, Blondi, me olha, me reconhece, me abana sua cauda.
A arma que jazia no passado, agora está em minhas mãos.
Tenho bigodes.
Quando me viro posso, então, distinguir o som que emana da multidão.
Fervorosa, esta me saúda:
Heil Hitler!
Paro, reflito.

Assinar:
Postagens (Atom)