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sábado, 11 de outubro de 2008

O ódio

por Berbel Gutierrez (Anglo Castelo)

Revolto-me com as crueldades do holocausto, e sigo.
Atrás de mim se forma uma multidão, outros seguidores.
Percebo que outros também não baixarão suas cabeças diante de tamanho horror.
Lutamos pela igualdade, a clara igualdade que estampa nossas faces.
Milhões de sangues derramados nos campos de concentração.
Esse povo, que me segue, compartilha comigo da dor por essas atrocidades desumanas.

Sigo, e minhas forças aumentam, meu ódio se multiplica.
O ódio que me queima por dentro, faz-me proferir um discurso de revolta:
Morte a todo regime totalitarista! Morte aos nazistas!
Morte a toda raça maldita!
Morte! Morte! Moooooooooorte!

O discurso é eloqüente.
Há um cão, Blondi, me olha, me reconhece, me abana sua cauda.
A arma que jazia no passado, agora está em minhas mãos.
Tenho bigodes.
Quando me viro posso, então, distinguir o som que emana da multidão.
Fervorosa, esta me saúda:
Heil Hitler!

Paro, reflito.

Foto por Sabine Marins

4 comentários:

João G. Viana/Pudim disse...

Muito interessante e reflexivo, gostei.

Unknown disse...

Muito bom...
cogitei o narrador como qualquer pessoa exceto Hitler...
muito bom mesmo

Unknown disse...

concordo com o pudim.. achei bem reflexivo.

ﯜǿҜєЯร™.Lucas.. disse...

Um dos que mais gostei =)