
por Tuma
Voltaram para dentro. João cambaleava e Hartman mantinha seu andar inchado. O rosto de João estava inteiro coberto de poeira, e um pequeno fio de baba escorria do canto direito de sua boca. Logo que entraram, Hartman olhou para aquilo e exclamou: “Lamentável”, mas logo ficou mais sério e disse:
- Ei, amigo, você precisa descansar. Não posso sair daqui agora e não adianta nada sair correndo atrás daqueles caras. Vou ligar para o posto da polícia, avisar o que houve, e no fim da tarde a gente vai para a cidade. Tá bom assim pra você?
João sussurrou um sim e deixou que Hartman o levasse para os fundos. “Os fundos” era uma porta ao lado da estante de destilados que se abria para um quartinho minúsculo e bagunçado, onde havia um catre e uma tevezinha em cima de uma mesa de montar. Hartman ajudou João a se sentar, grunhiu algo que o homem em frangalhos não pôde compreender, e saiu.
João passou o braço lentamente pelo rosto, tentando se limpar, mas quando um grão de areia entrou em seu olho desistiu. Não sem algum esforço, apagou a luz estendendo o braço, e se deitou. Ficou ainda por alguns instantes com os olhos abertos, olhando para o teto donde pendia uma lâmpada, e adormeceu.
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2 comentários:
Pô, ficou meio vazio isso.
eeeee, cade o pai?
huhuasuhsausuhs
intrigante...
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