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quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Através do espelho obscuro, capítulo 9


Foto: Guilherme Carnaúba

por Tuma

Hartman deu uma risada alta e respondeu:

- Mas é claro que sim, é a melhor banda de todos os tempos...

João, após um longo tempo sem tê-lo feito, sorriu, um sorriso tímido, e fez questão de aumentar o volume do rádio, deixando que Sunshine melhorasse um pouco seu humor.

- Sim, sem dúvida, mesmo eles tendo só um disco. Mas ainda assim eu sempre achei que só meu pai conhecia essa banda, foi ele que me apresentou, quando eu era novo. - à menção do pai, o sorriso sumiu do rosto de João, mas ele continuou animado pela recém-descoberta afinidade com o balconista.

- Não, não, essa maravilha não é exclusividade sua e do seu pai. Nós em Miranda adoramos a banda... afinal, a família deles era daqui.

- Mas eles não eram de Prospera? A gravadora Caliban era de lá também não?

- Bem, na verdade o pai deles, William Honey, era de Miranda. Depois ele se mudou para Prospera, onde conheceu Anne Roy e, enfim, teve os quatro, Ike, Morf, Hip e Fant Honey-Roy.

- Eu não conhecia essa parte da história. Tudo o que eu sei sobre a banda foi o que meu pai me contou, mas ele também só conhecia a história deles a partir de quando eles foram contratados pela Caliban para gravar o Through a Glass, Darkly.

Hartman riu e acenou com a cabeça, no instante em que Sunshine terminava e soavam as primeiras notas da versão de Mister Sandman que a banda havia feito. O balconista começou a assoviar a melodia, e acelerou o carro um pouco mais. João, já de novo deprimido pelas sucessivas menções a seu pai, estava quieto. Um pensamento que lhe veio, entretanto, foi o suficiente para tirá-lo do silêncio. Ele virou-se para Hartman e perguntou, com os lábios tremendo:

- Você acredita na lenda da canção perdida?

.

Um comentário:

Nós mesmos disse...

Olhaaaa, cada vez mais mistérios novos!
Pudim