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sábado, 25 de outubro de 2008

Princesa, minha gatinha.

Foto: Bruna Pimenta

por Natália Zamagna Urdangarin

Era uma sexta feira à noite e, como de costume, estava no meu quarto assistindo desenhos no canal Nickelodeon. Ouvi um som diferente, coloquei a televisão no mudo para escutar melhor. Eram gemidos. Abri a porta do quarto e vi que finalmente a hora tinha chegado. A gatinha, que eu adotei há uns dois anos, iria dar a luz. Ela estava com medo, eu podia sentir isso. Minha mãe, que também ouvira os miados, apareceu no corredor. Na minha casa, sempre nos importamos muitos com os animais, é claro que já havíamos deixado um cantinho seguro e aconchegante preparado - para quando esse momento chegasse. Eu coloquei a Princesa na caminha enquanto minha mãe ligava para o veterinário.

-Dr. Eduardo, aqui é a Josy, mãe do Luky. Os filhotes da Princesa vão nascer agora. O que a gente faz?

-Não precisa fazer nada, Dona Josy, ela sabe como fazer tudo sozinha. Está no instinto dela.

- Mas quanto tempo isso vai durar? E se acontecer alguma coisa errada? Não seria melhor eu dar um remédio para ela sentir menos dor?

- Não! Gatos morrem se tomarem remédio para dor, não dê nada a ela. Provavelmente pela manhã todos os filhotes já terão nascido.

-Mas só amanhã?! Pelo amor de Deus, Eduardo! Isso é muito tempo, a coitadinha sofrerá de mais.

- Então traga ela aqui para fazermos uma cesariana.

Com cuidado tirei a Princesa da caminha e coloquei-a virada de barriga pra cima na poltrona da sala. Comecei a massageá-la segundo a mamãe instruiu. Ah, ela estava com uma barrigona! Quantos gatinhos seriam? Talvez três. Quem sabe mais.

Opa já tinha aparecido alguma coisa ali! Seria um rabinho? Teoricamente não era para a cabeça sair primeiro? Minhas recordações das aulas de ciências estavam embaralhadas.

-Pituca, pegue a caminha, coloque a Princesa dentro e entre no carro. Vamos para o veterinário.

Eu obedeci imediatamente carregando minha gata até o carro. Demoramos cerca de quinze minutos para chegar a clínica, mas a essa altura o gatinho já tinha nascido. Lembro-me com detalhes, pois foi ali, em meus braços que o Félix chegou ao mundo. (ou seria o Carvão? Recém- nascidos eles eram quase idênticos.)

Foi um pouco contra minha vontade que deixei a Princesa e o novo gatinho ali. Eles teriam que passar a noite. Agora quem estava com medo era eu. Estava receosa a respeito da operação. Para complicar ainda mais, meus pais decidiram aproveitar a ocasião para castrar a coitadinha. Tive que voltar para casa e confesso que só dormi aquela noite devido ao cansaço da rotina - pesada para uma menina de dez anos.

Na manhã seguinte eu, acompanhada pela minha irmã e minha melhor amiga, voltei à clínica veterinária para trazer para casa os novos membros da família. Estava muito ansiosa. Quando chegamos lá, vimos que tudo ocorrera perfeitamente bem e que agora eu tinha cinco gatinhos novos, sendo apenas um o herdeiro das listras da mãe. Todos tão pequenos e delicados. Que alegria! Com toda certeza foi uma experiência incrível que me fez apreciar ainda mais esses felinos fantásticos.


Um comentário:

Anônimo disse...

Nah, o seu texto ficou muito bom!
sério mesmo...agora vc pode escrever sobre o Luck[y?], Bimbo e Daytona!!!
beijos