Revolto-me com as crueldades do holocausto, e sigo.
Atrás de mim se forma uma multidão, outros seguidores.
Percebo que outros também não baixarão suas cabeças diante de tamanho horror.
Lutamos pela igualdade, a clara igualdade que estampa nossas faces.
Milhões de sangues derramados nos campos de concentração.
Esse povo, que me segue, compartilha comigo da dor por essas atrocidades desumanas.
Sigo, e minhas forças aumentam, meu ódio se multiplica.
O ódio que me queima por dentro, faz-me proferir um discurso de revolta:
Morte a todo regime totalitarista! Morte aos nazistas!
Morte a toda raça maldita!
Morte! Morte! Moooooooooorte!
O discurso é eloqüente.
Há um cão, Blondi, me olha, me reconhece, me abana sua cauda.
A arma que jazia no passado, agora está em minhas mãos.
Tenho bigodes.
Quando me viro posso, então, distinguir o som que emana da multidão.
Fervorosa, esta me saúda:
Heil Hitler!
Paro, reflito.
Foto por Sabine Marins
4 comentários:
Muito interessante e reflexivo, gostei.
Muito bom...
cogitei o narrador como qualquer pessoa exceto Hitler...
muito bom mesmo
concordo com o pudim.. achei bem reflexivo.
Um dos que mais gostei =)
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