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terça-feira, 11 de novembro de 2008

Anti-Humor [3]

por Rodrigo Faustini


O FUTURO, (parte I)

Os olhos de Pedro abriram-se. Na verdade, o impulso veio apenas de um deles, e o outro apenas seguiu-o por instinto, pois eles ainda não tinham dominado toda aquela coisa da “autonomia” corretamente. Em seguida, Pedro deitou-se verticalmente (“levantar-se” era politicamente incorreto nesses dias), reconectou seu fígado, e beijou sua estátua de Quetzalcoatl, que na verdade era o onipresente OnipresenteOlm*, o deus tão onipresente que podia ser encontrado em seu próprio nome. Ela respondeu com um suspiro, chamando-o de pervertido, embora fosse regra o que Pedro fez. Ele prosseguiu assinando e preenchendo os documentos de permissão de roupas, nutrição e de ida a cozinha, deixando de preencher todos os quadradinhos de horário, para irritar os caras do nível 4. Ele adorava irritar os caras do nível 4. Se eles quisessem chegar até ele, precisavam enviar uma diversidade de documentos, muitos desses que precisavam de sua assinatura, por um erro burocrático.

Após solidificar-se na cozinha, ele começou a buscar por suas chaves. Dez minutos antes, ele as cheirou num copo, mas demorou dez minutos para alcançá-las, o que acabou fazendo com que ele as encontrasse no mesmo tempo que sentira a necessidade delas. Ele escolheu a mortadela Criticista da geladeira e a envolveu com 2 fatias de pães Nietzcheanas. Aquele era seu terceiro par de chaves do mês. As últimas duas haviam se rebelado e atualmente encontravam-se instalando seu próprio governo Perspectivista na gaveta do banheiro, completamente desconhecendo do fato de como agora sucumbiriam às vontades do par de chaves da porta do armário. Eles deviam ter aprendido a lição dos abajures. Mesmo assim, isso não aconteceria de novo, pois Pedro fez questão de que este novo par de chaves não contivesse zinco.

Enquanto comia, ele resolveu ler 1984, enquanto brincava com as chaves pelos seus dedos, mas não gostou do final, além de achar que tudo havia abusado incrivelmente de música Disco, e então decidiu ler 1978 ao invés, descobrindo onde aquele homem havia levado os restos de Charles Chaplin. Ele largou as chaves e foi-se em direção à porta.

-Não vai esquecer das cha....Merda!

Ele adorava brincar com os chapéus verdes das paredes, eles sempre se ligavam muito ao que observavam. Isso que você conseguia se estava no Setor 3. Devia ser o terceiro a ser despedido aquela semana, embora isso não devesse ter nada a ver com as chaves, as quais ele pegou novamente, usou-as para abrir as portas, e moveu-se à Norte, no qual cerca de três passos antes descobriu que alguém havia mudado o chão de lugar novamente. (A palavra secreta é: prepúcio; ligue para 1-800-45678 para recebebr seu prêmio, apenas repita a palavra várias vezes)

*Isto é um asterisco



- "Como
Incrementar Sua Vida Conjugal com a Implementação Gradual de metafísica: Um
Romance"
está em recesso indefinido, devido a um desacordo criativo
entre o autor e sua imaginação, para que não haja queda na qualidade das
edições
seguintes.



Fragmentos de Uma Reunião em
Família

-“Ah, desculpa que eu liguei pra Sandra, esqueci que vocês se separaram”.

“É.”

“Não vai esquecer também, ein? Hehe”

“Hmm...”

-“Seus sapatos estão desamarrados”

-“Olha o que eu ensinei o Gregóriozinho a cantar:”

-“Você tem um pedacinho de alface no dente”

-“A comida está meio salgada, né?”

-“Ah, desculpa, não sabia que tinha sobrado pra mim trazer o refrigerante.”

-“Então, Marcos, escutei que você se separou...”

-“Você acredita que ela fez uma plástica no queixo? Hehe, que superficial.” (Nota: A pessoa sentada na 3ª cadeira à esquerda fez o mesmo. A locutora está usando uma jaqueta de 500 reais. Está calor lá fora)

-“Nossa, Marcos, me disseram que você se separou. É verdade?”

-“Sua camiseta está um pouco descosturada aí no canto”

-“Não bebe isso não, Marcos. O Gregóriozinho cuspiu ai o pedaço de lingüiça que ele arrotou de volta. Foi tão engraçadinho. Acho que você não viu porque ele deve ter ensopado e caído no fundo. Acho que eu devia ter te avisado antes de você tomar esse gole. Fazer o quê. É verdade aquilo que eu escutei sobre você ter se divorc...”

-“Nossa, vi um filme muito legal, acho que chama ‘Os 300’ não sei se alguém viu. Adoro filmes de Idade Média.”

-“Deixa que eu pago.”

“Não, não, eu pago.”

“Ninguém vai pagar nada. Isso é família.”

“A gente consumiu mais de 5kg de carne, eu faço questão de pagar a minha parte”

“Você está insinuando alguma coisa?”

“Eu pago”

“Eu vou ficar muito triste se você fizer isso” ...E assim por diante (resultado: cada um paga dois reais. Yay.)

-“Nossa...Você! Há quanto tempo eu não vejo...Você.”

“Hmm...”

“Eu troquei sua fralda quando você era desse tamanhinho...”

“Hm”

“Você devia ver o tamanho do seu...”.

“H!”

-“Mas aquele babaca deve ter um problemão com bebida. Opa... Desculpa Davi”

-“Não quer ir nadar?”

“Nem...Eu não...trouxe uma roupa apropriada, bem que eu queria.”

“Deixa disso...Usa essa do Gregórinho”

“...Ele tem 6 anos!”

“A gente dá um jeito” (Resultado: Improdutividade espermática futura)

-“Nossa, seu peixinho tá com cara de doente, não é bom levá-lo no veterinário?”

“E pagar 30 conto? Nem fudeno, um peixe novo custa cinquinho, a Gabi nem nota”


O autor gostaria de reafirmar que ele não tem grandes problemas familiares e que isso tudo não passa de ficção. Talvez aquela coisa de pagar aconteça toda vez, mas só isso. E o peixe. A coisa da lingüiça foi no mínimo baseada em outro acontecimento...

Um comentário:

Ricardo disse...

nuss isso foi qase totalmente sem sentido Xp