
Foto: Bruna Pimenta
por Tuma
Ao ouvir aquele nome sendo dito, Ferdinando foi tomado por um sobressalto. À frente de seus olhos, espocaram imagens: Um borrão em forma de rosto flutuando na escuridão, raios movendo-se e deixando rastros luminosos no espaço vazio, uma boca repetindo ininterruptamente as mesmas palavras indecifráveis.
Súbito, lembrou-se do acidente. Se o havia ignorado quando acordara confuso no dia anterior, agora ele o tomava de assalto: o curativo em sua cabeça pulsou como se estourasse, imagens estranhas invadiram seus olhos e pareceram cortá-los, ele urrou de dor.
Nino correu até ele, mas não conseguiu impedir que seu corpo desabasse no chão. Ernest veio caminhando da porta, sem pressa, e ajudou o amo a levar Ferdinando para o sofá. Este, por sua vez, já não respirava mais ofegante: a dor passara. Nino sentou-se ao seu lado.
- Está tudo bem?
- Sim?
- O que houve?
- Só uma dor muito forte na minha cabeça.
- Precisamos chamar o médico... está tudo bem agora?
- Sim.
Enquanto conversavam, a campainha tocou, e Ernest se afastou dos dois para atendê-la.
.
Um comentário:
Putz, Tuma, esse negócio tá demais...
Já estou tentando adivinhar quem está tocando a campainha...
Pudim
Postar um comentário