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terça-feira, 4 de novembro de 2008

O Palácio Vitral: IX - O Gravador

por Pudim

No instante em que ia apertar o Play, os dez componentes dos dois times rivais entraram na sala Centauri. Witch quis esconder o gravador no bolso, mas ele era preso ao chão para evitar esse tipo de trapaça. Sem outra alternativa, inclinou-se fingindo amarrar o tênis, e seu corpo cobria o objeto decisivo da visão dos recém-chegados.
“Oi de novo, gente!” Melissa não percebera que o time do amigo estava fugindo dela. O líder da Alcatéia, ao invés de uma saudação, entrou com uma pergunta elementar.
“Quem são eles?”
E foi assim que encontrei os W.E.I.R.D., que viriam a se tornar grandes amigos, pela primeira vez. Entrei logo em seguida à revelação do meu líder de que havia mais gente na sala. Vi que esta mal comportava as quinze pessoas que agora esperavam a explicação de Melissa.
“O mais alto é meu amigo, e me apresentou os outros. Eles são bons, chegaram até aqui rápido. Podem ser nossos aliados, se vocês concordarem.”
Ouviu-se um murmúrio de aprovação, mas nenhuma resposta decisiva. Eduardo disfarçadamente ocultou o envelope que carregava sob a camiseta. Renato cochichou algo para Anderson. Nenhum dos três conhecia o quase sobrenatural senso de percepção dos membros da Alcatéia. Em resposta a seus discretos movimentos, Álvaro também sussurrou aos meus ouvidos sem se mover:
“Eles estão escondendo alguma coisa da Melissa.”
“Ainda é cedo para decidir”, continuou o líder. “O que vocês encontraram aqui até agora?”
Witch começou a responder, mas a posição não estava natural. Seu leve meneio de reposicionamento mostrou-se bem mais desconfortável do que ela imaginava. A sola de trás do pequeno All Star acertou com força o aparelho que estava escondendo. No mesmo instante, os fios elétricos que o prendiam ao chão conduziram o impulso até os portais da Ala dos Cajueiros. As saídas se fecharam com estrondo, e as três primeiras equipes do ranking ficaram isoladas do resto do Palácio. Seus quinze jogadores só podiam se entreolhar, ao mesmo tempo sobressaltados e atordoados, sem forças para perguntar “O que está acontecendo?”
Sem esperá-los, o gravador começava a reproduzir sua mensagem.

Foto: Guilherme Carnaúba

Um comentário:

Tuma disse...

Nãããão, e agora? Qual é a mensagem? Pudim, poste o próximo capítulo agora! HUahueuhauhae... muito bom!