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sexta-feira, 14 de novembro de 2008

O Palácio Vitral: XIV – Tetraedro?

Foto: Bruna Pimenta
por Pudim


Cisão

Amigo,

Soube da acentuação nas rixas no
Tetraedro pouco antes de receber seu recado. O entregador de pizza, como eu
suspeitava, escondia os relatos do bom lado do projeto dentro dos pacotes de sal
na cabana à margem do rio. Reconheço que não foi muito inteligente a minha idéia
de pedir para o garçom colar os guardanapos com os bilhetes (e as chaves das
cifras) na parte debaixo do píer, tão próximo de casa. Evidentemente, também não
pretendia que a senha e a contra-senha soassem tão óbvias aos ouvidos dos
espiões. Preciso ir ajudá-lo o mais rápido possível. O meu bom-senso agora
entende o porquê de tantos códigos para envio das mensagens. Levo este recado
com a segurança de que não cairá em mãos erradas, pois não há problema, nesses
casos, em gastar um pouco mais com segurança. Uma coisa mais importante está em
jogo, e deve ser levada em conta.

X.

Passamos vários minutos tentando abstrair os possíveis sentidos da carta. Com pouco progresso, muito tempo passou. Foram quase dez minutos só para que todos lessem a carta, e mais uns vinte para que alguns relessem as outras. As teorias elaboradas eram as mais criativas, mirabolantes e diversas. Mas nenhuma delas aqui é digna de menção, já que o objetivo destes relatos é outro.
Sentados frustrados em pontos esparsos da sala, discutíamos sem sequer olhar para o texto, mais preocupados em evitar a tensão entre Witch e Kevin. Apenas este, calado, mas sabendo dos conflitos sem motivo que o rodeavam, analisava friamente o texto do papel.
“Nem sabemos do que se trata ainda, mas temos que descobrir a criptografia criada para que ninguém pudesse descobri-la”, desabafou Rafaela, irritada.
“Bom, eu tenho minhas teorias. Mas isso não importa, o melhor agora é irmos para a Gêmeos logo”, Kevin retrucou, sorrindo ao encontrar a surpresa nos olhos de Witch.
“Como você descobriu?” Fiz a pergunta previsível.
“As letras maiúsculas, amigos. As letras maiúsculas.”
Pensei em perguntar quanto tempo havia que descobrira aquilo. Logo compreendi que a pergunta era complexa demais para as quatro horas restantes, e tudo começava a fazer pouquíssimo sentido. Já era alguma coisa.

Um comentário:

Tuma disse...

Hahahaha, óptimo Pudim, genial a referência. A narrativa também está perfeita. Continue escrevendo, e rápido!