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domingo, 2 de novembro de 2008

O Palácio Vitral: VIII - Centauri

por Pudim

Mais uma vez, eles se surpreenderam com a organização do evento. Cada equipe, a partir dali, estava em uma caça ao tesouro diferente, pois as pistas não estavam na mesma ordem para todas elas. Não haveria como os times se ajudarem, pelo menos nesta etapa.
A discussão entre os jogadores colocou a Alcatéia um pouco à frente. Preto & Branco, surpreendentemente, também estava lá. Melissa estava de costas, e Renato a observava. Witch, que não gostava de ver outros times à sua frente, aproximou-se de Renato:
“O que foi?”
“Por que só o nosso time não tem uniforme?”
“Porque sou uma líder sem graça”, Witch respondeu, sorrindo para esconder a irritação.
A Ala dos Cajueiros parecia um lugar interessante e inspirador. Era um corredor amplo, com seis portas grandes de cada lado e uma maior ainda no final. As portas laterais eram enormes e feitas, naturalmente, com vitrais e as mesmas armações de metal do saguão que faziam os alunos voltar no tempo. Elas estavam numeradas e indicadas por nomes de constelações.

Nível Um.
O Quarto de Fibonacci.
Onde estamos?
(Há outra pista importante aqui)

“Essa é fácil, o quarto número da seqüência de Fibonacci é três. Um, um, dois três”, demonstrou Daniel imediatamente.
“Ótimo, vamos à porta número três, então.” Witch estava mais calma com a rápida conclusão de Daniel.
A Porta 3, ou Centauri, revelou um banheiro um pouco sujo, em contraste com o resto do Palácio. Logo a equipe percebeu que a sujeira era na verdade tinta; o banheiro tinha sido transformado daquela maneira propositalmente. Ainda assim, era uma cena desagradável.
“Já estive aqui”. O comentário de Anderson fez Witch estremecer. De fato, o jogador estava começando a reconhecer algo no ambiente, relativamente grande para um cômodo daquele. Os cantos das paredes eram escondidos por grossos tubos de metal, e as lâmpadas estavam tão baixas que alguns precisavam se inclinar para percorrer o lugar. Uma banheira, a pia e o vaso eram as únicas coisas que não o faziam parecer uma sala de máquinas. Depois de mais algumas voltas, o garoto completou o raciocínio.
“Claro! É uma reprodução do cenário de ‘Jogos Mortais’! E antes que perguntem eu nunca estive aqui.”
“É verdade! Então a pista deve estar dentro de uma mochila, dentro da caixa de água do vaso!”, compreendeu Eduardo, e acrescentou: “Espero que ele seja falso”. Obviamente, a previsão se confirmou quando ele encontrou o envelope seco.
Buscando a “outra pista”, Witch foi imediatamente ao gravador. Que se disfarçava no chão, como no filme.



Foto por Guilherme Carnaúba

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